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Economia

Procura por voos domésticos cai 4,4% em setembro

No período, sete milhões de ageiros viajaram em voos nacionais
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 20/10/2016 - 14:21
São Paulo
Brasília - Chega a Brasília o avião trazendo a  lanterna que contém a Chama Olímpica (Antonio Cruz/Agência Brasil)
© Antônio Cruz/Arquivo/Agência Brasil
Brasília - O movimento no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek diminuiu após os ageiros seguirem a recomendação da Anac para chegarem duas horas antes do embarque (José Cruz/Agência Brasil)

Em setembro, sete milhões de ageiros viajaram em voos domésticos no país Arquivo/José Cruz/Agência Brasil

A demanda por voos domésticos caiu 4,4% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2014, segundo balanço divulgado hoje (20) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). No período, foram transportados sete milhões de ageiros. No acumulado do ano, 65,4 milhões de ageiros voaram de janeiro a setembro, queda de 6,07%, em relação ao mesmo período de 2015.

Nos voos internacionais, a queda em setembro foi de 4,27%, com 619 mil ageiros transportados  no mês. No acumulado do ano, houve retração de 2,78%, com o transporte de 5,5 milhões de ageiros de janeiro a setembro deste ano. Em relação ao transporte de cargas, houve retração de 5,31% no total transportado nos mercados interno e externo nos primeiros três trimestres de 2016 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Indícios de melhora

Apesar da retração, o resultado de setembro indica uma desaceleração nos níveis de queda que o setor vinha registrando, segundo assessor técnico da Abear, Maurício Emboaba. “Isso reflete mais ou menos o que a gente começa a ver na economia. Parece que estamos parando de ir para baixo”, ressaltou durante a apresentação dos dados.

“Todo os números nos levam a apontar o seguinte: se a velocidade de queda está diminuindo, é sinal de que estamos chegando em pouso suave”, acrescentou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz. Segundo o executivo, o setor pode ter um desempenho menos desfavorável do que o previsto para este ano. “Estou começando a olhar para 8% e não mais 10% de queda. Porque eu tinha uma série de indícios de que a gente ainda poderia ver novos movimentos de redução, o que eu não estou mais vendo”, calculou.

Apesar do cenário desfavorável, Emboaba acredita que as empresas de aviação têm conseguido se adaptar às adversidades, ajustando a oferta de assentos. “A indústria tem dado respostas adequadas. A taxa de aproveitamento dos voos não cai. Pelo contrário sobe ligeiramente, mesmo em um período de dificuldade econômica. Ou seja, a indústria consegue ajustar a sua capacidade, a sua oferta à demanda”, destacou o assessor técnico.

Em setembro, a oferta de assentos foi reduzida em 6,3%, e no acumulado do ano, de janeiro a setembro, as companhias diminuíram em 5,6% a disponibilidade de viagens.