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Câmara de São Paulo aprova presença de doulas em maternidades

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/12/2016 - 14:56
São Paulo
Brasília – Bebês prematuros que nascem no Hospital Regional de Santa Maria, região istrativa localizada a 26 km de Brasília, estão sendo colocados em mini-redes de algodão adaptadas dentro das incubadoras como uma alternativa para
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São Paulo - Maternidade do Hospital Israelita Albert Einstein faz parceria com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Institute for Healthcare Improvement (IHI) para o projeto Parto Adequado (Rovena Rosa/A

Maternidades públicas deverão permitir a presença da doula durante o parto e no pré-natal.  Rovena Rosa/Agência Brasil

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei que permite a presença de doulas em maternidades municipais e hospitais privados contratados pelo município. A proposta da vereadora Juliana Cardoso (PT) segue agora para sanção do prefeito Fernando Haddad.

As doulas são profissionais que oferecem apoio emocional e conforto físico às gestantes. Com o projeto, elas ficam autorizadas a permanecer com as futuras mamães durante consultas, exames pré-natal, pré-parto, parto e pós-parto imediato, com seus instrumentos de trabalho.

Se o projeto for sancionado, a gestante ganhará o direito a entrar na sala de parto com a sua doula e também com um acompanhante. A doula, no entanto, não pode fazer procedimentos e dar diagnósticos s aos profissionais de saúde, mesmo se ela tiver formação na área.

Daniela de Almeida Andretto, presidenta da Associação de Doulas do Estado de São Paulo (Adosp), disse que a vitória com a aprovação da lei não será da doula, mas da mulher. Ela explica que, diferente da gestante com situação financeira mais favorecida, com privilégios como escolha de um bom médico e um bom hospital, a mulher pobre é a que será mais beneficiada pela presença da doula.

“Se a gente pensar nas mulheres que vão a um hospital público que, muitas vezes, é a única opção dela, a presença da doula favorece a questão da saúde para ela. A gente está falando de um projeto que não tem a ver só com deixar ou não a doula entrar. Tem a ver com melhorar a saúde materna”, afirma Daniela.

A presidenta da Adosp explica que o acompanhamento da doula tem melhorado os índices de saúde pública, como redução da analgesia, redução do tempo de trabalho de parto e aumento da satisfação com a experiência do parto. “É um bem para a saúde pública”, ressalta.

O curso de doulas tem duração de 36 a 40 horas e trata de aspectos como fisiologia de parto, controle emocional e bem-estar. A principal escola de doulas de São Paulo já formou 12 mil alunos.