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Health

Dia Mundial sem Tabaco marca conscientização sobre perigos do cigarro

Substância mata mais de oito milhões de pessoas por ano no mundo
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Tatiana Alves – Repórter da Rádio Nacional
31/05/2025 - 09:00
Rio de Janeiro
Consumo mundial de tabaco cai, informa relatório da OMS. Cigarro, fumaça, tabaco, fumo. Foto: Kruscha/Pixabay
© Kruscha/Pixabay

O uso do tabaco é responsável pela morte de um em cada dez adultos em todo o mundo. São mais de oito milhões de mortes todos os anos. Neste sábado, 31 de maio, comemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre os perigos do cigarro.

A campanha de 2025 tem como tema: “Desmascarando a indústria do tabaco: expondo as táticas das empresas para tornar os produtos de tabaco e nicotina mais atrativos”. Segundo a OMS, um dos maiores desafios atuais da saúde pública é enfrentar o apelo desses produtos. A indústria do tabaco tem investido em estratégias para deixá-los mais atraentes, especialmente ao público jovem, por meio da adição de sabores e substâncias que alteram o cheiro, o gosto e até a aparência.

A coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, a pneumologista Enedina Scuarcialupi, enumera algumas das doenças a que os fumantes estão expostos:

“O cigarro pode provocar câncer por onde ele a. Então, no que a pessoa engole a fumaça, ela pode ter na garganta, na língua, no esôfago, no estômago. Ele atinge a corrente sanguínea e pode provocar câncer na próstata, na bexiga e no pulmão. Além disso, a substâncias químicas do cigarro (...) podem fazer o indivíduo desenvolver hipertensão, AVC, infarto”.

Outra ameaça aos jovens são os dispositivos eletrônicos para fumar. Seja qual for a versão, descartável, recarregável ou com tabaco aquecido, elas trazem riscos, como informa a pneumologista. Ela explica que, além de causar novas doenças, o cigarro eletrônico antecipou o surgimento de enfermidades:

“A bronquiolite obliterante é uma doença muito intensa. É como se fosse um indivíduo asmático que nenhum remédio vai funcionar para a falta de ar. A DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), agora já tem artigo científico comprovando, que as pessoas chamam vulgarmente de enfisema pulmonar, pelo cigarro de papel. O que é mais assustador é que, quem desenvolve enfisema pulmonar, tem mais de 50 anos de idade, mas, nesses casos, a gente vê pessoas de 30 anos já inválidas”.

O cigarro é o principal fator de morte evitável do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Embora os cigarros eletrônicos, vapes ou pods não façam a queima direta do tabaco, eles não estão livres de riscos. A principal substância presente nesses dispositivos é a nicotina, a mesma que causa dependência nos cigarros tradicionais. Em alguns casos, a concentração de nicotina no vape é maior que a do cigarro comum.