Lava Jato: Zelada é condenado a 12 anos de prisão


O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras
Jorge Luiz Zelada
O juiz Federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato, condenou hoje (01) o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrução iva e lavagem de dinheiro, além de multa.
Zelada foi condenado por corrupção iva “pelo recebimento de vantagem indevida para si e para outrem no contrato entre a Petrobras e a empresa Vantage Drilling para fornecimento do navio-sonda Titanium Explorer” e por lavagem de dinheiro “pela ocultação e dissimulação do produto do crime de corrupção em contas secretas mantidas no exterior”.
Além de Zelada, Moro condenou Eduardo Costa Vaz Musa, ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, por corrupção iva e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, como Musa fez acordo de delação premiada, a pena, inicialmente fixada em 11 anos e oito meses de prisão, foi reduzida para dez anos de reclusão.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, Zelada e Eduardo Musa aceitaram receber propina de US$ 31 milhões de Hamylton Padilha e Nobu Su, para favorecer a contratação, em janeiro 2009, da empresa Vantage Drilling Corporation para afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras ao custo de US$ 1,816 bilhão.
João Augusto Rezende Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema, foi condenado a seis anos e oito meses de reclusão em regime fechado por corrupção iva “a título de participação, pela intermediação de vantagem indevida no contrato entre a Petrobras e a empresa Vantage Drilling para fornecimento do navio-sonda Titanium Explorer”.
Outro condenado é Hamylton Pinheiro Padilha Júnior por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. De acordo com a sentença, a pena dele foi reduzida por ter acordo de delação, ando de 12 anos e dois meses de reclusão para oito anos de reclusão.
O advogado Renato de Moraes, que representa Jorge Zelada, disse que vai recorrer da sentença. A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de João Augusto Henriques e de Hamylton Pinheiro, mas não obteve retorno. A defesa de Eduardo Musa não foi localizada.
O texto foi ampliado às 17h01
