A Justiça de Roraima iniciou esta semana um mutirão para legalizar e documentar os estrangeiros na região, principalmente imigrantes venezuelanos.
Serão realizados atendimentos judiciais de forma itinerante à população de refugiados venezuelanos.
Um acordo de cooperação foi firmado, em junho, entre o Tribunal de Justiça de Roraima e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O acordo permite que toda a documentação do processo seja em espanhol, assim como a língua a ser utilizada durante as audiências.
O juiz Érick Linhares, do Tribunal de Justiça de Roraima, explica que todos os abrigos serão atendidos e a ideia é ficar uma semana em cada local.
O primeiro atendimento foi realizado nessa segunda-feira (30), no Jardim Floresta.
A equipe de trabalho é formada por um juiz civil brasileiro, um promotor, um defensor público, além de um juiz conciliador venezuelano, Oswaldo José Ponce Pérez.
O juiz federal venezuelano tem 51 anos e está há três anos no Brasil. Ele explica o que ou no país nesses últimos anos.
Na última semana, Oswaldo conseguiu validar seu diploma no Brasil. Com seus conhecimentos jurídicos e culturais pretende ajudar os conterrâneos na comunicação, além de criar uma relação de confiança entre os imigrantes e as autoridades brasileiras.
De acordo com dados da Polícia Federal, a maioria dos venezuelanos que migram para Roraima é de Caracas, capital do país. Mais de 58% são homens e jovens entre 22 e 25 anos.




