O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, registrou a menor taxa desde junho de 2017, -0,21%, e também o menor resultado para o mês de novembro desde a implantação do Plano Real, em 1994.
Os principais responsáveis pela variação negativa foram os combustíveis, com destaque para a gasolina, que ficou mais barata em todas as regiões, e a tarifa de energia elétrica.
Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (7), pelo IBGE.
Cinco dos nove grupos de produtos pesquisados tiveram queda geral nos preços, principalmente transportes e habitação. O grupo alimentação e bebidas teve a maior alta.
O gerente do Índice de Preços ao Consumidor, Fernando Gonçalves, explica que os itens que ficaram mais baratos pesam muito no consumo das famílias, por isso o resultado foi negativo.
A alimentação fora de casa também teve alta de preços, uma explicação pode ser a quantidade de feriados em novembro e uma maior demanda por esse tipo de serviço. Além disso, o reajuste de mais de 8% no gás de botijão.
Na habitação, a vigência da bandeira tarifaria de eletricidade amarela ao invés da vermelha, praticada em outubro, reduziu o custo, já que a cobrança adicional por kwh ou de 0,05 centavos para 0,01 centavo.
Entre as regiões metropolitanas, apenas Belém e Goiânia não apresentaram queda nos preços.
O IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com rendimentos de 1 a 5 salários minimos. O resultado também foi negativo, -0,25%, abaixo de outubro e o menor índice para novembro desde o Plano Real.




