O mês de setembro foi de queda nos preços no país, de acordo com o IBGE. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação negativa de 0,04% na comparação com agosto, quando o avanço foi de 0,11%. Já em setembro do ano ado, o índice tinha sido positivo em 0,48%.
Esse é o menor resultado para um mês de setembro em mais de 20 anos. Com isso, o acumulado do ano chega a 2,49%, próximo do piso da meta estimulada pelo governo, que vai de 2,75% a 5,75%.
Já nos últimos 12 meses, ficou em 2,89%, 0,54% ponto percentual abaixo da soma dos 12 meses imediatamente anteriores, e também o menor índice para o mesmo período desde 1998.
Três dos nove grupos pesquisados apresentaram deflação em setembro, mas a maior contribuição, de acordo com o pesquisador do IBGE Pedro da Costa, veio da queda de 0,43% nos preços dos itens de alimentação e bebidas, a segunda consecutiva.
“Quedas expressivas em alguns itens alimentícios como a batata, a cebola e o tomate, que caiu mais de 16% e foi o principal impacto negativo no índice do mês, e além disso tivemos outro grupo que influenciou nesse resultado, que foi o de artigos de residência, que caiu 0,76%, influenciado principalmente pelos preços de eletrodomésticos e equipamentos, e também de itens de TV, som e informática”.
Na outra ponta, a categoria com maior aumento de preços foi a de saúde e cuidados pessoais, 0,58%.
O IBGE também divulgou nesta quarta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que mede a inflação para as famílias com renda de até cinco salários mínimos, e também apresentou deflação de 0,05% em setembro. A variação acumulada ficou em 2,63% este ano e em 2,92% nos últimos 12 meses.





