Viva Maria: Rodovias em que crianças e adolescentes estão expostas à exploração sexual são mapeadas
A cada 18 de maio, Viva Maria se transforma num jardim de flores amarelas para avivar a memória da população brasileira sobre um crime bárbaro, que há mais de 40 anos, chocou nosso país. Falo do crime Araceli, que aconteceu 18 de maio de 1973, em Vitória (ES).
Na ocasião, a menina Araceli, de 8 anos, foi raptada, drogada, violentada, morta e carbonizada por jovens de classe média da cidade, que nunca foram punidos. Daí a importância do 18 de maio, Dia Nacional de Combate à Exploração de Crianças e Adolescentes.
Sem dúvida, um chamado à responsabilidade de todos nós pela omissão e pelo silêncio que convive com um número surpreendente de violações de direitos e infrações às leis de proteção à infância e juventude em nosso país. Apenas em 2016, 17,5 mil casos de abuso e exploração sexual a crianças e adolescentes foram registrados pelo Disque 100. Disque sempre!
Para falar sobre os vários cenários da violência e as alternativas para o enfrentamento dessa crueldade, Brasília acabou de sediar o II Congresso Brasileiro de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Na oportunidade, uma série de palestras, debates e pesquisas foram objeto de painéis temáticos que trataram de Políticas Públicas, Sociedade e Sustentabilidade; Participação e Protagonismo de Crianças e Adolescentes e Jovens; Diversidades e Equidades.
E em meio a toda essa programação a Childhood Brasil, uma organização brasileira voltada à proteção da infância e adolescência, apresentou o Projeto Mapear e ao mesmo tempo lançou a Cartilha Mapear com o mapeamento dos pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras dos últimos dois anos.
O projeto é uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal. E a doutora Eva Cristina Dengler, que é gerente de Programas e Relações Empresariais da Chidhood tem mais detalhes. Seja muito bem-vinda!
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. e aqui as edições anteriores.
