Dentro do Procedimento Investigatório Criminal, instaurado para apurar as mortes ocorridas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro determinou as providências iniciais. As medidas anunciadas incluem o envio de escalas e a identificação dos policiais militares envolvidos na ação do último fim de semana. 
O Instituto Médico Legal de São Gonçalo já concluiu a identificação dos oito mortos e de um homem apontado como um dos participantes do confronto do último sábado, que resultou na morte do sargento Leandro da Silva. De acordo com a Polícia Civil, entre as vítimas, cinco tinham antecedentes ou anotações criminais.
O MP também solicitou eventuais registros de ocorrência lavrados nos dois dias relativos a buscas e apreensões, realizadas pela Polícia na comunidade, a partir de sábado.
As requisições envolvem apurações relacionadas a mortes, a princípio, de 8 pessoas com a suspeita de excesso de autuação policial, possíveis abusos praticados na comunidade do Salgueiro, a morte do sargento da Polícia Militar e as circunstâncias das lesões provocadas em uma mulher, atingida por disparo de arma de fogo no braço esquerdo, durante o confronto com os suspeitos de integrar um grupo criminoso.
A promotoria também vai analisar o relatório técnico elaborado por um perito legista do MP, que acompanhou a necropsia dos corpos, encontrados por moradores em uma área de mangue na região, na segunda-feira, horas após a operação policial.
Por nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que os agentes foram atacados e houve confronto na área de mata. A nota diz, ainda, que o comando da corporação instaurou Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias da ação e colabora inteiramente com as investigações.
