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Internacional

Centrais sindicais e organizações sociais fazem greve geral hoje na Argentina

Argentina
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Monica Yanakiew
07/03/2017 - 13:17
Buenos Aires

Cresce a tensão social na Argentina. As centrais sindicais e organizações sociais convocaram uma manifestação, nessa terça-feira (7), para exigir do governo aumentos salariais. O Banco Central estabeleceu, para este ano, uma meta inflacionária de 17%, mas no ano ado o custo de vida aumentou 40%.

 

Na segunda-feira (6), os professores iniciaram uma greve nacional, que atrasou o início das aulas. Numa grande manifestação, no centro de Buenos Aires, eles exigiram aumentos salariais de 35%. O governo ofereceu 18% para poder cumprir a meta inflacionária.

 

O presidente Mauricio Macri prometeu reduzir a inflação de cerca de 30%, que herdou de sua antecessora Cristina Kirchner, ao assumir em dezembro de 2015. Mas no seu primeiro ano de governo, o custo de vida aumentou, graças em parte aos reajustes das tarifas públicas.

 

O governo também prometeu abrir a economia para atrair investimentos. Mas segundo a Central dos Trabalhadores da Argentina, 400 postos de trabalho foram fechados. A queda-de-braço entre o governo e os sindicatos ocorre num ano de campanha eleitoral.

 

Em outubro, serão realizadas eleições legislativas e Macri precisa obter maioria no Congresso se quiser aprovar as reformas que prometeu. Sua rival politica, a ex-presidente Cristina Kirchner, que lidera a Frente para a Vitória, da oposição, foi convocada para depor perante a Justiça sobre um caso de lavagem de dinheiro, no mesmo dia do protesto sindical. Ela pediu a seus seguidores que – em vez de acompanhá-la ao tribunal – saiam as ruas em apoio aos sindicatos.

 

*Atualizada às 17h53 para complementação de informações

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