O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello espera que a Corte julgue ainda este mês o novo pedido de prisão do senador Aécio Neves, do PSDB.
O ministro é o relator da ação no Supremo. Nessa segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a Marco Aurélio que voltasse a avaliar o caso do parlamentar.
No primeiro pedido, o relator recorreu à Constituição para negar a prisão. Após a sessão que marcou o recomeço dos trabalhos no Supremo, nesta terça-feira, Marco Aurélio informou que mantém a mesma convicção e deixará para a 1ª Turma da Corte a decisão sobre o novo pedido de prisão de Aécio Neves.
O pedido de prisão se refere ao inquérito que envolve Aécio; a irmã dele, Andrea Neves; o primo deles, Frederico Pacheco; e Mendherson Souza Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela, do PMDB.
Após a delação premiada da JBS, o procurador-geral Rodrigo Janot denunciou o grupo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço à investigação criminal.
Em delação premiada, o empresário Joesley Batista contou que Aécio teria pedido 2 milhões de reais em propina e tentado interferir na distribuição dos inquéritos dentro da Polícia Federal. Para Janot, prender Aécio é uma medida urgente que preserva a ordem pública e a investigação.





