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Política

Câmara dos Deputados: partidos tradicionais perdem espaço e nanicos ganham força

Câmara dos Deputados
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Danyele Soares
08/10/2018 - 15:54
Brasília

As eleições de 2018 desenharam uma nova composição da Câmara dos Deputados. Partidos tradicionais, como MDB e PSDB, perderam espaço. E legendas nanicas, como o PSL, conseguiram ganhar força. O partido que terá a maior representação em 2019 é o PT, com 56 parlamentares. Mas a sigla perdeu 13 cadeiras, em relação à eleição de 2014.

 

Já o PSL, ou de 1 deputado eleito há 4 anos para 52 agora, se transformando na segunda maior bancada da Casa. Em terceiro lugar aparece o Partido Progressista, com 37 eleitos, um a menos que em 2014.


Outra sigla que começou a ganhar força foi o Partido Novo, criado em 2011, mas registrado no Tribunal Superior Eleitoral em 2015. Esta é a primeira eleição geral que a legenda participa.  O partido conseguiu eleger 8 deputados federais.

 

Do outro lado, o MDB perdeu 31 cadeiras e terá no ano que vem 34 parlamentares. O PSDB reduziu a bancada em 25, tendo eleito agora 29 deputados.

 

De acordo com o professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas Michael Mohallem, o fato chama a atenção. Segundo ele, o fenômeno das siglas menores que ganharam força precisa ser acompanhado, para ver o caminho que essas legendas vão trilhar.

 

O especialista também lembra que o comportamento das bancadas vai começar a se estabelecer quando for definida a eleição para presidente da República. Como PT e PSL são as maiores bancadas, com a definição do novo presidente, será também definido a sigla que vai se denominar como oposição.

 

O tamanho das bancadas é fundamental na atuação parlamentar. O maior partido ou bloco tem peso na escolha dos cargos mais importantes da Casa, como a presidência da Câmara.

 

Até fevereiro de 2019, quando os deputados tomam posse, os partidos ainda podem se aliar em blocos para ajustar a atuação parlamentar de acordo com o resultado da eleição para presidente.

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